No Brasil, há mais de 2.000 anos, antes mesmo da sua “descoberta” pelos portugueses, já existia a atividade de fabricação de cerâmicas, representada por potes, baixelas e outros artefatos cerâmicos. A cerâmica mais elaborada foi encontrada na Ilha de Marajó. Do tipo marajoara, tem sua origem na avançada cultura indígena da ilha. Entretanto, estudos arqueológicos indicam que a presença de uma cerâmica mais simples ocorreu na região amazônica, há mais de 5000 anos atrás.
No que tange à cerâmica vermelha, as escassas e imprecisas informações referem-se à utilização no período colonial, a partir de técnicas de produção rudimentares introduzidas pelos jesuítas, que necessitavam de tijolos para construção de colégios e conventos.
A partir de 1549, com a chegada de Tomé de Sousa ao país, é estimulada a produção material de construção para o desenvolvimento de cidades mais bem planejadas e elaboradas.
Em 1575 há indícios do uso de telhas na formação da vila que viria a ser a cidade de São Paulo/SP. E foi a partir desse estímulo que começa a se desenvolver a atividade cerâmica de forma mais intensa, sendo as olarias o marco inicial da indústria em São Paulo. Com maior concentração nas últimas décadas do século XIX, a produção nas olarias se dava por meio de processos manuais e em pequenos estabelecimentos, e tinham como produto final tijolos, telhas, tubos, manilhas, vasos, potes e moringas, os quais eram comercializados localmente.
A primeira grande fábrica de produtos cerâmicos do Brasil foi fundada em São Paulo, em 1893, por quatro irmãos franceses, naturais de Marselha, com o nome de “Estabelecimentos Sacoman Frères”, posteriormente alterado para “Cerâmica Sacoman S.A.”, a qual encerrou suas atividades em 1956. O nome das telhas conhecidas por “francesas” ou “marselhesas” é devido à origem destes empresários.
Alvenaria Estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual as paredes são elementos importantes, composto por unidades de alvenaria unidas por juntas de argamassa capazes de resistir a outras cargas, além de seu peso próprio. É o oposto da alvenaria tradicional, projetada e construída empiricamente. Segundo ROMAN, alvenaria estrutural é um processo construtivo em que as paredes e as lajes enrijecedoras funcionam estruturalmente em substituição aos pilares e vigas utilizados nos processos construtivos tradicionais, sendo dimensionado segundo cálculos racionais e de confiabilidade determinável. As paredes funcionam ao mesmo tempo estruturalmente e como vedação, o que proporciona maior simplicidade construtiva. Além de suas funções estruturais, a alvenaria estrutural tem a propriedade de resistir a impactos, garantir a vedação, estanqueidade e conforto térmico e acústico.
Quanto à técnica construtiva, a alvenaria estrutural pode ser classificada em:
a) não armada: quando se compõe apenas de blocos e juntas de argamassa, mais utilizada em regiões de baixa atividade sísmica, como o Brasil;
b) armada: quando, além dos blocos e das juntas de argamassa, é utilizada uma armadura passiva imersa em graute em regiões pré-definidas, dando maior flexibilidade à arquitetura e proporcionando maiores vãos;
c) parcialmente armada: quando, além dos blocos e das juntas de argamassa, existe uma armadura passiva colocada em algumas regiões com finalidade pré-definida;
d) protendida: quando o elemento resistente possui armadura ativa, submetendo a alvenaria a esforços de compressão.
Vantagens da alvenaria estrutural
a) simplificação dos procedimentos de execução, redução do número de etapas e redução da diversidade de materiais e mão de obra;
b) eliminação de interferências através da compatibilização de todos os processos e facilidade de integração com outros subsistemas;
c) não permite as improvisações que acabam por encarecer o custo da obra;
d) grande facilidade de organização;
e) possibilidade de diferentes níveis de mecanização.
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